Como limpar o nome no Serasa e aumentar o Score; confira 10 dicas

Este não é mais um artigo na internet em que você vai encontrar soluções simplórias para problemas financeiros individuais complexos. Mas vamos abordar, sim, o que é possível fazer para limpar o nome no Serasa e, consequentemente, aumentar o tão almejado Score. continua depois da publicidade Serasa Score 2.0: o que é, para que serve […]

Este não é mais um artigo na internet em que você vai encontrar soluções simplórias para problemas financeiros individuais complexos. Mas vamos abordar, sim, o que é possível fazer para limpar o nome no Serasa e, consequentemente, aumentar o tão almejado Score.

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Até janeiro de 2021, mais de 14,1 milhões de brasileiros estavam sem emprego fixo, passando pelas mais diferentes dificuldades, a depender da região do país onde vive.

O contingente de endividados, no entanto, é de quase cinco vezes maior: são aproximadamente 65 milhões de pessoas! De acordo com dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 69,7% das famílias brasileiras estão endividadas.

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A imensa maioria da população brasileira não está endividada porque quer. São pessoas que não se afundaram no cartão de crédito por irresponsabilidade, não pararam de pagar a casa própria financiada para 30 anos por serem caloteiras.

É gente que está batalhando para colocar, no exato momento em que você lê este texto, a comida na mesa ou pagar as contas básicas (água, luz, internet, gás, gasolina…).

Como limpar o nome no Serasa

Quando falamos em “limpar nome no Serasa“, não estamos nos referindo à marca em si (Serasa), já bastante conhecida no ramo de bancos de dados de crédito. Estamos mencionando ela como sinônimo de qualquer instituição que atue nesse mesmo setor, devidamente regulamentada.

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Dito isso e tendo ciência do drama social nacional que é ter o nome sujo, vamos conferir abaixo algumas dicas para saber o que pode ser feito para se livrar das restrições de crédito.

1. Consulte o seu CPF

Antes de qualquer coisa, é importante saber de forma exata o que você está “devendo na praça”. Ou seja, consulte seu CPF e saiba exatamente quem está lhe cobrando, para depois investigar quanto estão lhe cobrando. Ainda que já tenha noção dessas informações, é importante obter detalhes.

Há, atualmente, pelo menos dois serviços gratuitos de consulta de situação de crédito. Ainda que não sejam serviços ilimitados, é possível utilizar suas versões “free” para obter o básico sobre seu CPF. Confira os links:

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Podemos citar uma terceira opção, mas até o momento, é inteiramente paga na versão online. Trata-se do site do SPC Brasil. No entanto, confira na sua cidade se o SPC não fornece um serviço de consulta presencial gratuito.

Podem ocorrer diferenças nas consultas, inclusive na numeração do Score, mas não chegam a ser significativas para o inadimplente.

2. Manter um bom Score

Para quem não se recorda, o Score é aquele sistema de pontuação de crédito, que vai de 0 a 1000 pontos, e indica a quantas anda a sua capacidade de não dar trabalho aos credores.

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Quanto mais próximo de 1.000 seu Score estiver, melhor para você, mais crédito você encontrará onde for comprar parcelado.

Todas as empresas fazem consultas constantes de sua vida financeira, analisando seu Score. Mas é claro que o Score não é o único fator utilizado para liberar crédito. Outras comprovações documentais estão em jogo.

Quanto ao Score, sejamos bem sinceros: a única dica possível para manter um bom Score é pagar suas contas em dia.

Não adianta te ensinarem fórmulas fáceis de burlar esse sistema, que é bastante protegido. Não existe uma dica matadora para dar…

Então, infelizmente, se o cidadão não está em condições financeiras mínimas para honrar os compromissos que foram feitos com o seu CPF, o Score irá cair.

3. Se perdeu o emprego, mantenha a calma!

Isso mesmo. Por mais que as empresas passem a te ligar todos os dias, te cobrando as mais diferentes dívidas em que você se meteu, a dica é ter paciência.

Não adianta trocar o chip do celular, não adianta bloquear os números que te ligarem todas as semanas. Mesmo que você fuja de uma ligação telefônica, de um e-mail, de um SMS, seu débito continuará existindo, ele estará apenas aguardando você se recompor.

Também não recomendamos mentir. Se deve, explique para o cobrador claramente porque não está pagando.

Não peça para alguém atender e dizer que você saiu, os atendentes são treinados para entender sobre essa e outras artimanhas.

As empresas te cobrarão juros e farão acordos futuros. Não se deixe seduzir por campanhas de descontos com prazos determinados. As empresas sempre terão um acordo a ser feito, porque elas não irão perder para você nenhum centavo.

Enquanto outro emprego não aparece e você, porventura, esteja vivendo de trabalhos temporários, uma outra alternativa é buscar renda extra.

Faça uma análise e verifique se não possui alguma habilidade profissional, que possa te proporcionar novos ganhos, seja na internet, seja na sua própria rua. Pense até na possibilidade de aprender algo novo.

4. Organize as suas prioridades

Em momento de desemprego, ou de trabalho informal, tenha cautela para analisar o que pode ser feito com suas finanças.

Se não está tendo uma renda suficiente para quitar dívidas super atrasadas, e se você não tem uma reserva financeira (maioria do brasileiro ainda não se educou para constituir esse tipo de reserva), então, pague aquilo que for essencial para tentar se manter.

Enquanto você não conseguir um trabalho melhor ou estiver vivendo de serviços temporários, faça uma programação mínima para ir sobrevivendo. Algumas dívidas vão ter que esperar!

5. Ter a vida financeira anotada ajuda sim!

Uma parte da organização de suas prioridades envolve anotar claramente o estado de suas finanças. Portanto, não economize papel e caneta ou não economize planilhas eletrônicas para fazer isso.

Um controle financeiro mínimo precisa ser anotado, para que você não corra o risco de esquecer de uma conta essencial e acabar gastando o que não deve, ou o que já está pouco.

Há pessoas que pensam melhor se tiverem tudo anotado em uma planilha (Excel, Calc, aplicativos de finanças etc). Há outras que não abandonam o bom e velho caderno. Não importa a modalidade de registro, importa é ter esse controle.

6. Reduza as despesas, corte alguns gastos

Se você está numa situação difícil, por que mantém em sua casa dois banheiros com os chuveiros elétricos ativos? Por que não retira a resistência de um ou dos dois?

Avalie também o gasto de energia elétrica em outras áreas (lâmpadas, uso do ferro, aparelhos ligados em standy bye etc). Outras dicas:

  • Cancele planos de controle ou pós-pagos de celular. Prefira um bom plano pré-pago;
  • Reduza a banda de seu provedor de internet;
  • Cancele planos de TV a cabo;
  • Não compre parcelado. A chance de não pagar e sujar outra vez o nome é grande.

Quem, quando estava empregado, gostava de sair nos finais de semana e gastar com comida ou lazer um valor que daria para comprar carne a semana toda, terá que rever seus conceitos…

Outra dica: pare de ceder a pedidos, só pelo fato de ainda possuir um cartão de crédito com limite de compras…

7. Renegociar as dívidas, mas de forma paulatina

Há situações em que as pessoas, mesmo retornando ao mercado de trabalho, não conseguem honrar dívidas de valores muito altos.

Pode ser pelo fato de estarem com renda mensal menor do que a que tinha no emprego anterior. Pode ser também porque a carga de juros tornou a dívida meio que “impagável”. Enfim, podem haver outros fatores.

Nesses casos, a dica é começar de alguma forma, ainda que seja pela menor dívida. Isso mesmo. Se você deve R$ 5 mil de cartão de crédito e R$ 500 na loja de calçados, ambas as dívidas te colocaram na restrição de crédito.

Então, pague a dívida menor. Parcele-a, busque redução do valor à vista, quite de uma forma adequada à sua realidade.

Renegociar as dívidas de forma gradual é sempre um bom caminho. Dá até aquela sensação de que nem tudo está perdido, de que aos poucos, está surgindo uma luz no final do corredor…

8. Pause pagamentos

Desde que eclodiu a pandemia no Brasil, em abril de 2020, houve instituições financeiras que ofereceram ao cliente inadimplente uma forma de “pausar a dívida” por alguns meses.

Não se trata de algo muito comum, mas é possível sim. Por exemplo, quem está devendo a casa ou o apartamento ao banco teve essa alternativa, em boa parte dos casos.

A desvantagem é que o valor da parcela não permanecerá o mesmo que era antes da interrupção. Mas, como uma espécie de alívio temporário, essa decisão pode ajudar.

9. Aproveite a nova “Lei do Superendividamento”

Entrou em vigor em julho de 2021, a que vem sendo chamada de “Lei do Superendividamento”.

Estamos nos referindo à Lei 14.181/21, que busca aumentar a proteção de pessoas portadoras de dívidas em várias empresas e que não conseguem pagá-las, por serem altas demais.

Veja abaixo como a Lei conceitua o termo “superendividamento“:

§ 1º Entende-se por superendividamento a impossibilidade manifesta de o consumidor pessoa natural, de boa-fé, pagar a totalidade de suas dívidas de consumo, exigíveis e vincendas, sem comprometer seu mínimo existencial, nos termos da regulamentação.

Em resumo, é o seguinte: você, que é super devedor, pode renegociar tudo o que deve de uma só vez e buscar, assim, a melhor forma de quitar esse montante. É, portanto, uma espécie de recuperação judicial para pessoas físicas.

A Lei assegura um prazo máximo de cinco anos para pagamento dessas super dívidas juntas. Veja:

‘Art. 104-A. A requerimento do consumidor superendividado pessoa natural, o juiz poderá instaurar processo de repactuação de dívidas, com vistas à realização de audiência conciliatória, presidida por ele ou por conciliador credenciado no juízo, com a presença de todos os credores de dívidas previstas no art. 54-A deste Código, na qual o consumidor apresentará proposta de plano de pagamento com prazo máximo de 5 (cinco) anos, preservados o mínimo existencial, nos termos da regulamentação, e as garantias e as formas de pagamento originalmente pactuadas.

Outra vantagem dessa Lei, segundo as instituições de defesa do consumidor (como o Idec), é o fato dela determinar “que os bancos estão absolutamente proibidos de ocultar os riscos de você contratar um crédito”.

Ou seja, ao te meterem em uma “enrascada” nova (entenda-se: “dívida nova”), os bancos terão que ter a máxima transparência.

10. Estude se compensa fazer portabilidade de financiamento

Em toda jornada de endividado existe uma análise, até intuitiva, das possibilidades existentes. A portabilidade de financiamento é uma dessas possibilidades.

Na prática, a portabilidade é a migração de uma dívida existente em uma instituição financeira para outra. Grosso modo, seria pagar um empréstimo fazendo outro empréstimo, porém, em circunstâncias menos lesivas ao seu bolso.

Um exemplo simples é quando você tem uma dívida em um banco e percebeu que, ao buscar renegociação nesse banco, não ficou vantajoso, diante do seu atual orçamento.

Nesse caso, procura outro banco e verifique se ele te apresenta uma proposta de quitar essa dívida por um valor menor. Daí você financia essa quitação com melhores condições (menor valor de parcela e menor prazo).